Oitava

Ando por ruas desconexas

Vivo em paradoxos rurais

Como pitanga em laranjeiras

Visto meus penosos carnais

Peço milhões perdões de graça

Refrato meu choro em versos

Moro em lugares inocentes

Danço meus velhos gestos

Levo minhas malas trapaças

Arrumo a bagunça sensata

Conserto minhas podres asas

Carrego minha dor pesada