Mesmo não tendo nada

Sem você só tenho perda,

não passo de zero à esquerda,

não tenho nem um tostão.

Sou um lutador sem luvas,

As nuvens brancas sem chuvas,

um calango do sertão.

Sou um cabinha sem graças,

tilango jogado às traças,

jumento que não tem dono.

Mas, mesmo não tendo nada,

eis que surge em minha estrada

O fim do meu abandono.

27/10/2020

Jarrê
Enviado por Jarrê em 10/10/2023
Código do texto: T7905462
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