Mesmo não tendo nada
Sem você só tenho perda,
não passo de zero à esquerda,
não tenho nem um tostão.
Sou um lutador sem luvas,
As nuvens brancas sem chuvas,
um calango do sertão.
Sou um cabinha sem graças,
tilango jogado às traças,
jumento que não tem dono.
Mas, mesmo não tendo nada,
eis que surge em minha estrada
O fim do meu abandono.
27/10/2020