Sempre as palavras
Roubei tuas ideias, tuas palavras!
Vesti-me de poesias nesses dias.
Comecei a criar, abstrair, rimar, recriar,
nesses voos que as palavras me concederam.
Devagar, caminhei entre palavras para não tropeçar,
desprezando meus sentidos torpes, entre paradoxos,
nesses devaneios entre palavras, entre desejos.
Entre sentimentos, nessa desordem sentimental,
entre abraços, sinto cansaço, sou pedaços, sou oferta,
alimentando canções ou versos, nessas paixões,
paixões por palavras que nascem, brotam, me libertam.
Entre remendos, remendo meus amores, minhas dores.
Sigo em frente nesse caminho, sem volta, nesses tempos,
nessas palavras que tocam, que dançam, que rimam.
Nessa poesia que construo nesse universo de palavras.