O BOI BUMBAR

O Boi Bumbar

(Na minha versão)

I

Um fato vou lhe contar,

O que aconteceu aqui.

Damião pode sustentar,

Tudo aquilo que assisti.

II

No distrito de Mamoeiro.

Próximo a mata do Mar,

Tinha um bom fazendeiro,

Que gostava de aboiar.

III

Seu nome era Pimentel.

Tinha lindos bois e vacas,

E um gerente seu Miguel.

Que era um cara bom pacas.

IV

Mas quando ele bebia:

Não queria mas parar,

E em cada trinta e um dia.

Dançava o boi bumbar.

V

Era boa a sua fantasia,

No seu arraiar tem petisco,

Pra toda gente que via:

O dançar do Pai Francisco

VI

Ele não tinha direção.

Fazia bem muita arruaça,

Pra fazer a ressureição:

Do boi que fez trapaça.

VII

Mamado de cachaça.

Cheio de muito remoço,

Contrito e sem graça,

Extravasava o troço.

VIII

Miguel encarnava bem,

O tal criado trapaceiro,

E o seu passado também,

E o azar deste boi Mineiro.

IX

A festa é uma ação:

De amor do seu Coronel,

Pra ver a ressureição.

Do mimo do Pimentel.

X

E neste contexto tal,

O pajé e o curandeiro,

Bem fazia seu ritual:

Pra dá vida ao boi Mineiro.

XI

Como se ver o Miguel,

Foi um grande precursor.

Homenageia a Pimentel,

Seu patrão o seu tutor.

Maranguape, 25 de agosto 2021

Voltaire Brasil

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Enviado por Voltaire Brasil em 26/08/2021
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