Saudade acesa
Hoje a saudade bateu
na porta do coração!
Veio cantando a canção
que diz que ela sou eu.
E diz que a flor não se deu,
que simplesmente negou,
só pra saber se eu sou
religioso ou ateu.
Hoje a saudade morreu,
e o coração sepultou.
Hoje a saudade calou,
calou e ouviu calada,
como num conto de fada,
a fada que nunca contou.
Só pra saber se eu vou
morrer de tanta saudade
ou pra pedir piedade
ao juri, pela sentença,
e apelar para a crença
da mentira na verdade.
Hoje a saudade foi tarde,
e já foi tarde demais.
Levou a cheiro do cais,
deixou a dor que me arde,
chamou o mar de covarde,
a lua, de traiçoeira,
e se queimou na fogueira,
que queima a felicidade.
Pra não morrer muito tarde,
tocou fogo na lareira.
Hoje a saudade bateu
na porta do coração!
Veio cantando a canção
que diz que ela sou eu.
E diz que a flor não se deu,
que simplesmente negou,
só pra saber se eu sou
religioso ou ateu.
Hoje a saudade morreu,
e o coração sepultou.
Hoje a saudade calou,
calou e ouviu calada,
como num conto de fada,
a fada que nunca contou.
Só pra saber se eu vou
morrer de tanta saudade
ou pra pedir piedade
ao juri, pela sentença,
e apelar para a crença
da mentira na verdade.
Hoje a saudade foi tarde,
e já foi tarde demais.
Levou a cheiro do cais,
deixou a dor que me arde,
chamou o mar de covarde,
a lua, de traiçoeira,
e se queimou na fogueira,
que queima a felicidade.
Pra não morrer muito tarde,
tocou fogo na lareira.