SILHUETA
Silhueta
I
Oh! Vejam a natureza!
Por de traz desta cortina,
Que faz lembra a sovina,
Severina da Tereza:
Criada daquele ancião,
Agregado do patrão,
Que se chamava Genaro,
Fundador da cidade:
Que nunca fez caridade
Mas casado com Amparo.
II
Se queres tu bem saber,
Severina é penitência.
O ancião é insuficiência.
O belo tá em quem ver!
Por traz daquela cortina:
O que existe não se atina
Nem ser culto e inculto.
A depender do contexto;
Ser sovina é só o pretexto,
O resto é somente produto...!
Maranguape,01 de abril de 2021.
Voltaire Brasil