A CRIA E A LUZ
A Cria e Luz
Do fundo veio, a menina,
Em sutil ação simbiótica.
Fez a Luz o breu e Bechina
Para alma não ser despótica
O ser criado, pelo Criador.
Só obtém, sem nada dividir.
Por não ter alma de doador,
Só tem prazer de consumir...
A cria! Continua recebendo,
Luz de infinitas qualidade.
Aos poucos vai absorvendo,
Desejos com igual paridade.
A luz que emana do Criador,
Nomina a fase da menina...!
E põe o perfil do seu Senhor.
Desde da Raiz até a Bechina.
De tanto o ser receber...
O ser fica saturado:
Pois não tem o que oferecer,
Fica logo envergonhado.
O Cria quer ser igual a Luz!
Se retrai sem nada receber...
Por entender, e achar jus:
Doar pra depois receber.
Maranguape, 11 de janeiro de 2021.
Voltaire Brasil