Nordestinos

Tentei aqui construir

Um poema bem sincero

Falar tudo que eu quero

Sobre um povo valente

Daquela beleza de gente

Que acorda na madrugada

Pega a foice e a enxada

Sai pra lida de todo dia

Entoando com alegria

Em palavras de bendizer

Cantigas de bem querer

Esse povo é tão rico

E perplexa eu ainda fico

Quando assisto na TV

Alguém vindo me dizer

Que ali tem muito pobre

Por que medida de nobre

É ter dinheiro no bolso

Não sei por que ainda ouço

Tanta coisa em desfavor

Desse povo trabalhador

Falam sem conhecimento

Pois em nenhum momento

Sentiram na pele o que é

Viver na seca, só pela fé

E ainda assim ter coragem

Contudo, eu sei, é bobagem

Querer a compreensão

De quem tem essa visão

Só por ler nos informais

Nas redes anti-sociais

Nos meios de comunicação

Fake News e confusão

Histórias pra boi dormir

Te convido a imprimir

Uma nova consciência

E conhecer na essência

Essa gente tão guerreira

Forte quem nem aroeira

De um sotaque tão bonito

De festas, de muitos ritos

Povo abençoado, eu assino

Chamado de nordestino

De gente humilde e astuta

Tem brio, é muito batuta

Toca a vida com firmeza

E é feliz com toda certeza

Tenho no sangue, memória

De toda essa trajetória

Conquista e superação

Por lá mora meu coração

Guardado em uma saudade

De quando em tenra idade

Saí a me aventurar no mundo

Mas não esqueço um segundo

Dessa terra de meus pais

Do céu tão cheio de mais

Estrelas que eu pude ver

No lugar onde escolhi nascer

JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 19/10/2020
Reeditado em 08/10/2022
Código do texto: T7091111
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