Nordestinos
Tentei aqui construir
Um poema bem sincero
Falar tudo que eu quero
Sobre um povo valente
Daquela beleza de gente
Que acorda na madrugada
Pega a foice e a enxada
Sai pra lida de todo dia
Entoando com alegria
Em palavras de bendizer
Cantigas de bem querer
Esse povo é tão rico
E perplexa eu ainda fico
Quando assisto na TV
Alguém vindo me dizer
Que ali tem muito pobre
Por que medida de nobre
É ter dinheiro no bolso
Não sei por que ainda ouço
Tanta coisa em desfavor
Desse povo trabalhador
Falam sem conhecimento
Pois em nenhum momento
Sentiram na pele o que é
Viver na seca, só pela fé
E ainda assim ter coragem
Contudo, eu sei, é bobagem
Querer a compreensão
De quem tem essa visão
Só por ler nos informais
Nas redes anti-sociais
Nos meios de comunicação
Fake News e confusão
Histórias pra boi dormir
Te convido a imprimir
Uma nova consciência
E conhecer na essência
Essa gente tão guerreira
Forte quem nem aroeira
De um sotaque tão bonito
De festas, de muitos ritos
Povo abençoado, eu assino
Chamado de nordestino
De gente humilde e astuta
Tem brio, é muito batuta
Toca a vida com firmeza
E é feliz com toda certeza
Tenho no sangue, memória
De toda essa trajetória
Conquista e superação
Por lá mora meu coração
Guardado em uma saudade
De quando em tenra idade
Saí a me aventurar no mundo
Mas não esqueço um segundo
Dessa terra de meus pais
Do céu tão cheio de mais
Estrelas que eu pude ver
No lugar onde escolhi nascer