O LIXO E A ROSA
O lixo e a Rosa
Olhe! E veja! Com muita atenção.
Pra esta história que vou lhe contar,
De um homem rude em falar, e em ação.
Que não tinha modo até no falar,
Na criação era igual a um troglodita,
Certo dia fez um gesto de espantar.
Dera um cesto de lixo ao vizinho...
O vizinho com um sorriso recebeu.
E o homem seguiu o seu caminho.
Semanas! Meses! Intercorreu,
Sem nenhum vexame e devagarinho,
Fez semear a planta ela nasceu...
Cresceu a linda rosa perfumada!
Que emanava no ar, amor e carinho.
E a transportou até a sua morada.
E deu de presente ao seu vizinho,
O mesmo não entendeu quase nada,
Supresso lhe perguntou de mansinho! ...
Senhor! Pois! Me dá a Rosa e um jarro?
Quando lhe dei lixo em um cesto.
Ele Disse: Não vejo nada bizarro,
E não tem maior ou menor pretexto,
A rosa veio do pó, que se féis barro.
E lhe serei exato neste contexto.
Que está escrito em verso e prosa.
E que assim dizem quem tem fel, dá o fel
Quem tem vigor não tem hora ociosa
Quem tem o melado de mel dá mel
E quem tem flores e rosas dá rosas
Maranguape, 15 de março de 2020.
Voltaire Brasil