SERPENTE VILÃ

Serpente Vilã

Nesta vida, eu nunca tinha visto,

Uma delgada e ardil serpente.

Bem focada em uma direção,

A monitorar tão habilmente

A indefesa presa e inocente,

Que não ver o perigo a sua volta.

Mantendo-se estática e tonta,

E sem articular reviravolta.

Com olhares de quem ver e não ver,

Ver o todo e não quer ver parte

Com raras, meritórias exceção,

Os que quer ver e aceita o aparte.

O universo todo é inteligente.

Há em tudo uma reciprocidade,

Em toda essência tem a sua função...

Independente da forma e de idade.

Em todos os contextos da vida,

Seja ele um profano, cibernético.

Evolucionista criacionista,

Cientista e não pacifista profético.

Em algum momento somos tolos,

Em outros agimos como serpente.

Faz parte da própria subsistência,

É hipocrisia afirmar diferente.

Maranguape, 22 de janeiro de 2020.

Voltaire Brasil

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Enviado por Voltaire Brasil em 24/01/2020
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