QUANDO MORRE UM BOM ATEU
Quando morre um bom ateu
Não há lugar pra lamento
A vida cumpriu seu ciclo
No mais lindo testamento
Quando morre um bom ateu
Fica a sina dadivosa
Do ser que um dia anuiu
Em dar-se ao deus de Espinoza
Quando morre um bom ateu
Cada momento vivido
Se assenta pelas memórias
Ganhando novo sentido
Quando morre um bom ateu
Fica um chumaço de lã
Tirando vendas dos olhos
Polindo novas manhãs
Quando morre um bom ateu
Não precisa um salvador
Do vazio veio a existência
Que retorna ao partidor
Quando morre um bom ateu
O pranto no ataúde
São as saudades terrenas
Tão plenas de finitude.
Quando morre um bom ateu
Não há lugar pra lamento
A vida cumpriu seu ciclo
No mais lindo testamento
Quando morre um bom ateu
Fica a sina dadivosa
Do ser que um dia anuiu
Em dar-se ao deus de Espinoza
Quando morre um bom ateu
Cada momento vivido
Se assenta pelas memórias
Ganhando novo sentido
Quando morre um bom ateu
Fica um chumaço de lã
Tirando vendas dos olhos
Polindo novas manhãs
Quando morre um bom ateu
Não precisa um salvador
Do vazio veio a existência
Que retorna ao partidor
Quando morre um bom ateu
O pranto no ataúde
São as saudades terrenas
Tão plenas de finitude.