Ceifeiro
Se me veres como sou
Não gostara da minha imagem
Serei o último suspiro de quem parte
E o primeiro a te encontrar.
Se sentires o que sinto
Sentira o frio que trás o inverno
A ausência de espírito
E vagará pelo deserto.
Se provar do meu sabor
Desprezará o férreo amargo
Pois ele intoxicara seu sangue
E em veneno será transformado.
Se ouvires minha voz
Pensaras ter sido um sussurro
Não por ser baixa é rouca
Mas por dizer duras verdades.
Se meus passos seguires
Viverá diversas dores
Enxergará a perda de valores
Pois vejo o homem se trocar por moedas.