AQUELA LUA NO CÉU

Vendo uma velha cartilha

Questionava minha filha

Para o seu querido nono

Que figura linda é essa?

Respondeu mais que depressa

(brincou) - é a lua de carbono!

Então se abriu a escotilha

Como uma velha matilha

Sonho Dante em abandono

Um desejo que não cessa

Imaginação me arremessa

E a voz então entono

E declamo uma sextilha

Com gostinho de baunilha

Pra ganhar o seu abono

Por favor, não me impeça

O poema assim começa

Atenção! Porque é cônsono

Solitária andarilha

No espaço percorre milhas

Em madrugada de outono

Pra ela pouco interessa

Passos lentos, e sem pressa

Vai velando nosso sono

Se da noite é uma bastilha

Satélite que mais brilha

E São Jorge é seu patrono

E como se uma promessa

Toda tarde ela regressa

Pois o céu é o seu trono

Sobre terra mar ou ilha

Promove uma maravilha

O encanto nos colonos

Quando assim ela se expressa

Uma coisa ela confessa

Que só Deus é o seu dono.

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 24/10/2014
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