COMPROMISSO INTERMINÁVEL

Certo dia, por instantes,

os teus olhos verdejantes

alentaram-me esperança.

Ah, mas como me enganara!

No teu dedo - eu não notara,

vicejava uma aliança.

A quem o pequeno anel

foi prender-te, tão cruel?

Por quem uma cerimônia

condenou teu peito ardente

a arfar, eternamente?

Diz-me, adorável insônia,

Quem pode durante as noites

teus cabelos, em açoites,

receber por sobre o rosto?

Ah, e quem nos braços teus,

como um eleito de Deus,

tem seu exclusivo encosto?

Alexandre Basso
Enviado por Alexandre Basso em 07/08/2014
Código do texto: T4912736
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