COMPROMISSO INTERMINÁVEL
Certo dia, por instantes,
os teus olhos verdejantes
alentaram-me esperança.
Ah, mas como me enganara!
No teu dedo - eu não notara,
vicejava uma aliança.
A quem o pequeno anel
foi prender-te, tão cruel?
Por quem uma cerimônia
condenou teu peito ardente
a arfar, eternamente?
Diz-me, adorável insônia,
Quem pode durante as noites
teus cabelos, em açoites,
receber por sobre o rosto?
Ah, e quem nos braços teus,
como um eleito de Deus,
tem seu exclusivo encosto?