A Dor
Sobe sôfrega e vadia...
Por que sofres, Dor querida?
Já não desenhaste fria
O teu desejo de vida?
Queimaste o meu amor
Quando ele mais urgia!
Sabes que ando só, ó Dor
Por que roubaste o meu dia?
Não te contentas com nada.
Quando consomes se farta.
Corróis tudo calada.
Não deixas nem uma carta.
Cá fico eu sofrendo
Esse sentimento
Que punge doendo
No meu peito lento.