Desvairança
Da dor eu bebi na fonte,
e senti n’alma tristura,
quando vi tua figura
lá no raio do horizonte,
atravessando uma ponte...
De ti distante, apartada,
tão silente e amargurada,
entre abrolhos eu penei,
mas logo depois pensei:
vai vir do mar a lestada!
Tristeza levo na fronte,
padeço nessa peleja,
sem que a tua sombra veja
lá no raio do horizonte...
Só picumã! E, além-monte,
eu te busco, tão insonte...
Passa a vida em cavalgada,
eu na praia abandonada,
penso prenhe de esperança:
pra curar tal desvairança,
vai vir do mar a lestada!
Brasília, 22 de Setembro de 2013.
Livro: REALEJO, p. 48
Da dor eu bebi na fonte,
e senti n’alma tristura,
quando vi tua figura
lá no raio do horizonte,
atravessando uma ponte...
De ti distante, apartada,
tão silente e amargurada,
entre abrolhos eu penei,
mas logo depois pensei:
vai vir do mar a lestada!
Tristeza levo na fronte,
padeço nessa peleja,
sem que a tua sombra veja
lá no raio do horizonte...
Só picumã! E, além-monte,
eu te busco, tão insonte...
Passa a vida em cavalgada,
eu na praia abandonada,
penso prenhe de esperança:
pra curar tal desvairança,
vai vir do mar a lestada!
Brasília, 22 de Setembro de 2013.
Livro: REALEJO, p. 48