Morte de Meu Versejar

Há dias que não tenho inspiração,

Leio um livro, dois, três, nada me inspira.

Letras já não me tocam o coração,

Por mais que formem tão formosa lira.

Há dias não entendo por que vejo,

As aves em cantar entristecido,

Ah!Tudo para mim é vão bosquejo

Moldado pelas garras do cupido.

Pois hoje eu precisava de um amigo,

Uma palavra, um abraço – amizade.

Pensei que podia contar contigo,

Pois tu és para mim sinceridade.

Mas quando fui procurar-te fugiste.

Não me deste, sequer, mera atenção.

Tu não sabes meu amor? Tu não viste?

Partiste por completo um coração.

Se não vejo nem mesmo teu semblante

Como posso ter amizade então?

Julgas-me acaso tão insignificante,

Que não mereça palavras, tua mão?

As palavras duras que agora cravo

Só te peço que ouças, sem falar.

“Os mesmos versos que agora alinhavo

“Servirão de morte ao meu versejar”.

Shaiane Bandeira________

SHAIANE DA SILVA BANDEIRA
Enviado por SHAIANE DA SILVA BANDEIRA em 09/02/2013
Código do texto: T4131615
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