Infância
Éramos duas crianças
Risonhas, inquietas, puras,
Meigas! cheias d'esperanças,
Numa vida de aventuras!
Éramos duas crianças...
Tinhas dez anos, eu nove.
Das nossas ternas lembranças,
A minh'alma se comove!
As árvores tu contavas,
E eu contava as flores!
A Natura nos olhava,
Coberta de resplendores!
Subíamos no cajueiro,
E as aves fugiam 'spantadas,
Todas, num voo ligeiro;
E nós dávamos risadas!
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Da infância, memórias ricas,
Ricas de tanta saudade,
Das brincadeiras vividas!
— Revivescência da idade! —