VILANCETE
Poema antigo e muito cultivado no classicismo. Apresenta como características:
a) Estrutura estrófica: uma pequena estância, que serve de mote. O mote é um terceto no qual os dois últimos versos são rimados. Se o mote for um dístico, não é obrigatório o uso da rima. Seguem-se ao mote uma ou mais estrofes, que glosam o mote. Essas estrofes não têm número determinado, ficando tal aspecto ao sabor da inspiração do poeta.
b) Estrutura métrica: geralmente, versos de redondilha maior.
c) Paralelismo: a glosa do mote é flexível: ou repetem-se os versos do mote, um em cada volta ( nome que recebe a estância ou estâncias que constituem a glosa); ou um só verso em todas as voltas, ou ainda, simplesmente a ideia de um verso ou dos versos do mote. Exemplo:
MOTE
Deixaste-me uma pena
De tua poesia alada
Numa página abandonada.
VOLTAS
Se foi por mim que partiste
Se pra bem perto ou distante
Dá que meu peito não cante
De saudade sempre triste
Vago é o espaço que existe
Morta esta pena deixada
Num página abandonada
Volta pássaro poesia
Alça de novo tuas asas
Sobre o Recanto e suas casas
Tu que de noite e de dia
Vinhas trazer-me alegria
Ocupa ausência deixada
Numa página abandonada.
Deixaste-me uma pena
De tua poesia alada
Numa página abandonada
E uma lágrima serena
Morna lágrima salgada
Do mar de uma eternidade
Do que ficou de saudade.
(Hermílio)
Poema antigo e muito cultivado no classicismo. Apresenta como características:
a) Estrutura estrófica: uma pequena estância, que serve de mote. O mote é um terceto no qual os dois últimos versos são rimados. Se o mote for um dístico, não é obrigatório o uso da rima. Seguem-se ao mote uma ou mais estrofes, que glosam o mote. Essas estrofes não têm número determinado, ficando tal aspecto ao sabor da inspiração do poeta.
b) Estrutura métrica: geralmente, versos de redondilha maior.
c) Paralelismo: a glosa do mote é flexível: ou repetem-se os versos do mote, um em cada volta ( nome que recebe a estância ou estâncias que constituem a glosa); ou um só verso em todas as voltas, ou ainda, simplesmente a ideia de um verso ou dos versos do mote. Exemplo:
MOTE
Deixaste-me uma pena
De tua poesia alada
Numa página abandonada.
VOLTAS
Se foi por mim que partiste
Se pra bem perto ou distante
Dá que meu peito não cante
De saudade sempre triste
Vago é o espaço que existe
Morta esta pena deixada
Num página abandonada
Volta pássaro poesia
Alça de novo tuas asas
Sobre o Recanto e suas casas
Tu que de noite e de dia
Vinhas trazer-me alegria
Ocupa ausência deixada
Numa página abandonada.
Deixaste-me uma pena
De tua poesia alada
Numa página abandonada
E uma lágrima serena
Morna lágrima salgada
Do mar de uma eternidade
Do que ficou de saudade.
(Hermílio)