VIDA ABJETA

"Minha vida é um montão de ruínas em árido deserto,

um abismo de ais e suspiros"

(Cruz e Sousa)

Eu caminho para o nada

Nessa triste vida abjeta,

Que ao imundo ser decreta

Uma absurda vida vaga!

A mesmice todo dia!

Tanto acúmulo de nada!

Ai! vazia vida qu'enfada,

Tu consomes os meus dias!

... prestes a perder a calma!

A tristeza em mim incide!

A nociva vida existe

Entranhada na turva alma!

Ai de mim!... Que vida abjeta!

Vida mísera, aflitiva,

Desgraçada, vã, nociva,

Vida vil!... vida perversa!

angelk
Enviado por angelk em 21/12/2011
Reeditado em 16/07/2015
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