VIDA INUMANA
"Por que havíeis passar tão doces dias?"
(A.E. de Serpa Pimentel)
Nesta noite tão sombria,
Verto lágrimas de horror;
E fecundo essa agonia
Em soluço, pranto e dor!
Choro lágrimas ardentes
Na sofrida e amarga vida
Inumana, decadente,
Lamuriosa e entristecida.
Minha vida se degrada!
Os meus sonhos são sombrios!
Só a dor é quem me afaga!
o meu eu é tão vazio!
Choro e canto nestes versos
Tudo, tudo que a alma sente.
São lamentos e protestos,
Expressões da alma demente!