A GALEGA DO ÔNIBUS
(Poesia em sextilha no estilo cordel - Série: No Ônibus)
POESIAS RIMADAS E METRIFICADAS
SÉRIE: NO ÔNIBUS
(Poesia em sextilha no estilo cordel - Série: No Ônibus)
POESIAS RIMADAS E METRIFICADAS
SÉRIE: NO ÔNIBUS
A GALEGA DO ÔNIBUS
(Linha 24 - Pitimbu-Ribeira)
Saio de casa apressada
Já estou um pouco atrasada,
O ônibus já vai passar!
Chego no ponto na hora,
Corro... Ou ele fai embora
Porque não pode esperar.
Levanto a identidade,
Tenho o direito da idade
(Linha 24 - Pitimbu-Ribeira)
Saio de casa apressada
Já estou um pouco atrasada,
O ônibus já vai passar!
Chego no ponto na hora,
Corro... Ou ele fai embora
Porque não pode esperar.
Levanto a identidade,
Tenho o direito da idade
Sou uma "preferencial"!
O motorista, educado,
Abre a porta e, com cuidado,
Dá partida. Ele é legal!
Há uma cadeira "esperando",
Eu vou logo me sentando.
Ao lado alguém se maqueia.
Pra não ficar assanhada,
Vai de janela fechada.
O calor não a aperreia.
Peço pra abrir a janela
Ela me olha e, amarela
De raiva, diz que: aberta
A janela, a quentura aumenta.
Tal resposta me apoquenta.
Ou melhor, me desconcerta.
Com blusa verde e amarela,
A tal moça da querela
Parece bem "brasileira".
Mas, de boa educação,
Coitada, nenhum quinhão!
Parece mais estrangeira.
E é muito à contragosto,
Demonstrando até desgosto,
Que a janela ela abriu.
E depois, sem mais comentar,
Levantou-se e foi sentar
Do outro lado. Não sorriu.
E aí, o caminho inteiro,
Vez por outra, o olhar brejeiro
Eu lançava pra galega
Que do sol se desviava
Enquanto o vento assanhava
Seu pelo. Mereceu nega!
Rosa Regis
Natal/RN - 20 de maio de 2010,
a caminho do trabalho.
A primeira lançada mas não a primeira da série, ainda sem numeração.
O motorista, educado,
Abre a porta e, com cuidado,
Dá partida. Ele é legal!
Há uma cadeira "esperando",
Eu vou logo me sentando.
Ao lado alguém se maqueia.
Pra não ficar assanhada,
Vai de janela fechada.
O calor não a aperreia.
Peço pra abrir a janela
Ela me olha e, amarela
De raiva, diz que: aberta
A janela, a quentura aumenta.
Tal resposta me apoquenta.
Ou melhor, me desconcerta.
Com blusa verde e amarela,
A tal moça da querela
Parece bem "brasileira".
Mas, de boa educação,
Coitada, nenhum quinhão!
Parece mais estrangeira.
E é muito à contragosto,
Demonstrando até desgosto,
Que a janela ela abriu.
E depois, sem mais comentar,
Levantou-se e foi sentar
Do outro lado. Não sorriu.
E aí, o caminho inteiro,
Vez por outra, o olhar brejeiro
Eu lançava pra galega
Que do sol se desviava
Enquanto o vento assanhava
Seu pelo. Mereceu nega!
Rosa Regis
Natal/RN - 20 de maio de 2010,
a caminho do trabalho.
A primeira lançada mas não a primeira da série, ainda sem numeração.