AS TRANSFORMAÇÕES NO PLANO ECONÔMICO E SUAS IMPLICAÇÕES (Numa forma atrevida de falar de Economia...)

Por Rosa Ramos Regis

Natal/RN - 2004

AS TRANSFORMAÇÕES NO PLANO ECONÔMICO

E SUAS IMPLICAÇÕES

I

O nosso Plano Econômico

Passou por transformações

Nos últimos anos, e o que mostra

São as modificações

Do modelo produtivo:

Do fordismo ao toyotismo,

Passa. E muda as produções.

Ao final dos anos setenta

Essa mudança ocorreu.

Trazendo, em si, conseqüências

Que em nossa pele doeu.

E o Capital Financeiro:

Brasileiro ou estrangeiro,

faz que eu já não seja eu.

A produção, que era em série,

Agora é modificada,

E o que o trabalhador sabe

Fazer não vale mais nada.

Os sindicatos não agüentam,

Entram em crise, se arrebentam,

Com a espinha dorsal quebrada.

Conseqüentemente, surgem

Novas questões sociais!

E o Estado, agora, tem

Que buscar outros canais

Que possam amenizar

Tudo o que irá enfrentar

Os “novos” profissionais.

Pois o que o trabalhador

Em toda a vida aprendeu

Com a prática do seu trabalho,

Não vale mais, se perdeu.

E o Estado terá,

Também, que se preparar

P’ra mudança que correu.

E a globalização

Exigindo competência,

Pede qualificação!

O que traz, em conseqüência,

Um indivíduo “culpado”

Por não estar “preparado”

P’ras funções ou p’ra gerência.

E a qualificação

Pessoal, agora, é mito!

O efêmero se destaca.

E o conceito de bonito

A sociedade troca

Por novas coisas que enfoca

De acordo com o que lhe é dito.

As coisas são descartáveis

Ou têm pouca duração;

O capital é quem manda;

Ética e Moral, têm vez não!

É, pois, então, exigido

Um povo preparado e tido

como “bom” de Educação.

II

As transformações que ocorrem

Em um mundo trabalhista,

Deve-se a acumulação

flexível capitalista

Onde nova relação

Entre o Capital e a Mão-

de-Obra se tem em vista.

E isso vai provocar

Mais estratégias de ação

Nos órgãos sindicalistas,

As quais repercutirão

Nas suas formas de ser.

No meu modo de entender,

Na sua organização.

E, na sua maioria,

Os trabalhadores que

Pertencem a categoria,

Dizem, e nos fazem entender

Que confiam no Sindicato

Como sendo o Órgão, de fato,

De ação para os defender.

Porém as alterações

Que agora se entrevê,

Ao falar-se da Previdência

E também da CLT,

Traz, em si, a insegurança.

E o trabalhador "balança"!

Vendo-se sendo um não-ser.

Pois, se o que sabe não serve

Pra que ele seja o que é ,

Enche-se de desespero

E em mais nada tem fé

Pois, estando despreparado

Ou não sendo qualificado

Ao que é solicitado,

Já não existe. Não é.

III

E quanto ao Sindicato,

Deste, nem é bom falar!

Estão desestruturados!

Precisam “reinventar(-se)”

Se querem continuar.

Pois do jeito que estão

Sem projetos, vão ao chão!

...

E o papel relevante

Que representavam antes,

Já não mais vão alcançar.