Tentei enterrar todos os mortos,
Seus ossos afiados pontiagudos,
Cortaram-me as carnes.
A mão sangra, diz sobre as dores.
Seus olhos abertos, horripilantes
Encontram os meus em um fragmento de tempo,
Me deram náuseas, um calafrio gritante,
De voz escapada.
A lápide fria, ainda espera os seus corpos.
Eles rastejam,
Seguem me, aos confins de tudo
Sentem o cheiro do medo.
Assombram me no vento, na noite escura,
Deserta, sem lua.
Vão dançando na parede
O acúmulo dos dias bolorentos.
Resta me a reza, o terço, o credo em algum fado
um exorcismo encomendado, ao padre ateu.
Resta-me a berlinda e a beira de um buraco.
O veneno em doses homeopáticas,
Um cigarro, uma droga entorpecente
Que me livre do pecado, do morto,
Da sina de enterrar.
Que só os fantasmas morem aqui.
Com eles, sei viver.
Lu Genez
Conheça e visite minha amiga e parceira poetica no RL
acesse daqui clicando na imagens, obrigado !
Seus ossos afiados pontiagudos,
Cortaram-me as carnes.
A mão sangra, diz sobre as dores.
Seus olhos abertos, horripilantes
Encontram os meus em um fragmento de tempo,
Me deram náuseas, um calafrio gritante,
De voz escapada.
A lápide fria, ainda espera os seus corpos.
Eles rastejam,
Seguem me, aos confins de tudo
Sentem o cheiro do medo.
Assombram me no vento, na noite escura,
Deserta, sem lua.
Vão dançando na parede
O acúmulo dos dias bolorentos.
Resta me a reza, o terço, o credo em algum fado
um exorcismo encomendado, ao padre ateu.
Resta-me a berlinda e a beira de um buraco.
O veneno em doses homeopáticas,
Um cigarro, uma droga entorpecente
Que me livre do pecado, do morto,
Da sina de enterrar.
Que só os fantasmas morem aqui.
Com eles, sei viver.
Lu Genez
Conheça e visite minha amiga e parceira poetica no RL
acesse daqui clicando na imagens, obrigado !