Ventos uivantes
 
Ventos uivantes que se deslocam no deserto
Ventos que não sofrem prisão
Ecoam no vazio
Ecoam dentro do coração
 
Ventos que não pedem passagem
Não há restrição
Lembram que há algo vazio
Por não haver edifício e paredão
 
Nada concreto
Só o imaginário, puro e só
Sem obstinação e sem ninguém para dizer não
Mas também sem poder tirar o aperto do coração
 
Ventos que levam o que acabou
Trazem em grilhões apenas recordações
Recordações gritantes e tempestuosas
Igualmente os ventos uivantes que vêm de forma despretensiosa
 
Poeta Antonio Ferreira
Enviado por Poeta Antonio Ferreira em 18/05/2018
Reeditado em 18/05/2018
Código do texto: T6339675
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