Lava-Jato, a melhor ponte para o neoliberalismo
O que estamos vendo hoje é um movimento geopolítico que está instituindo uma agenda neoliberal no Brasil. Eles fizeram o mesmo nos EUA a partir da década de 80 e isso resultou em maior concentração de renda, aumento do desemprego e menor poder aquisitivo da classe média e dos pobres naquele país.
A população da Alemanha, França, Reino Unido e outros países europeus percebeu a tempo que estava caminhando para uma maior exploração da classe média e dos pobres e uma maior concentração de renda através dessas políticas e já em meados de 90 reagiu a elas e safou-se em parte.
Nos EUA isso não ocorreu, o que levou a classe média e os pobres a votarem recentemente no maluco do Trump, desesperadas com o desemprego crescente e com a perda de poder aquisitivo provocada por essas políticas.
Toda essa caça ao Lula tem uma finalidade política, já que Lula é o líder político mais a esquerda que temos, portanto contrário aos avanços do neoliberalismo.
Políticas neoliberais têm aumentado os lucros das corporações através do corte de direitos trabalhistas e previdenciários, dos cortes de gastos em educação e saúde, das privatizações e da abertura do mercado ao capital especulativo.
Portanto a coisa é grave e me parece que a Lava-Jato vem sendo usada para conduzir a opinião pública a apoiar a prisão de Lula e a culpá-lo pelos maiores problemas que enfrentamos atualmente. Essa operação não serviu para nada, recuperou pouco mais de 1 bilhão de reais, mas a diretoria da Petrobras já vai dar 10 bilhões aos investidores "norte-americanos" a título de reparação pela corrupção. Também graças a Lava-Jato o impeachment de Dilma tornou-se possível e colocaram no poder o pior presidente da nossa história, que está concretizando toda a agenda política neoliberal para o Brasil, obviamente em prejuízo dos direitos trabalhistas e previdenciários, dos investimentos em educação e saúde e da conservação de fontes de riqueza como o pré-sal, que estão sendo entregues.
As transnacionais querem a Petrobras desde quando ela foi criada, daí aquela campanha dos anos 50, "O petróleo é nosso" (aliás, eles asseguravam que não existia petróleo no Brasil, justamente para tomar conta de tudo a preço de banana).
Parece que agora estão conseguindo, graças a ingenuidade de muitos brasileiros que provavelmente inspiraram a FIESP a criar aquele pato.
Besta é tu, disse Caetano.