A palavra na era da imagem
A PALAVRA NA ERA DA IMAGEM
“No princípio era a imagem, e a imagem estava com o Homem, e a imagem era o próprio Homem. Todas as coisas boas e más foram feitos por intermédio dele, e sem ele nada do que foi planejado se fez...”
A palavra estava nele, porém a palavra refulgia da ignorância, e a ignorância não prevaleceu contra ela. O homem ao se apropriar da palavra cria sua própria linguagem verbal sincronicamente; recria o universo e age sobre ele. Além de transmitir informações, a palavra verbalizada e escrita facilita a expressão dos sentimentos; emoções; marca historicamente a vida humana. Aperfeiçoa as relações sociais; enfim, põe o homem no seu devido lugar.
Assim, nota-se no decorrer do tempo que o homem distancia-se da palavra e promove a valoração da imagem; imagem esta que produzida por ele é distorcida, surreal, fruto do seu próprio desequilíbrio interior; e, ao mesmo tempo gera o entrechoque dessas duas forças lucigênitas, locadoras em sua própria natureza hominal.
Há como equilibrar essas duas forças em pleno século XXI? Sim! O homem como ser complexo precisa fazer uma auto-análise e ao fazê-la perceberá que a palavra e a imagem também são complexas, indissociáveis; uma não sobrevive sem a outra, precisam caminhar juntas, favorecendo a humanidade, humanizando os homens.