Carência Afetiva.

Adquiri o computador logo que me aposentei!

O tempo estava sem rumo!

Almejava abarcar o mundo, quando meus braços eram tão pequeninos para atender aos objetivos traçados. Era uma loucura!

Necessitava de obrigações diárias que exigisse horário, como também - tempo para curtir minha própria pessoa.

Apresentei ao meu espírito várias sugestões, e depois de longos diálogos, chegamos à conclusão de irmos à busca de nossa mais alta aspiração.

A internet estava incluída em nossa ação. Navegávamos por mundos distantes ao final da tarde, e algumas horas da noite.

Foi nesta época que “fui apresentada” a Letícia Thompson.

Preservei este relato objetivo e detalhado, que agora lhes envio –

“A carência Afetiva”.

Espero que gostem,

Meu abraço carinhoso,

Marília

A Carência Afetiva.

Letícia Thompson.

A carência afetiva é um mal que atinge todas as faixas etárias, culturas e classes sociais. É pior que a gripe, que vem e vai embora, ou uma doença que mata de vez. É um mal que consome as pessoas devagarzinho. A indiferença da sociedade atual face aos problemas do mundo, faz com que as pessoas sintam-se sozinhas e carentes. Preferimos fechar os olhos ao que se passa ao nosso redor (fora dele!) do que enfrentar a realidade da vida dos outros, dos seus problemas.

Há cada vez mais pessoas solitárias enquanto a população cresce.

As pessoas têm sede de amor. O problema é que raramente querem ser fonte. E nessa engrenagem há muita gente infeliz. Então se corre de um lado para o outro, alguns tentam achar compensação a nível profissional, outros em religiões, crenças e seitas.

A internet também faz parte desse mundo. Fecha-se aqui, procuram-se amores, amizades e certezas de que alguma coisa ainda existe capaz de compensar a falta de afeto.

E enganam-se. Recebemos muito desse mundo virtual, mas não o bastante para sanar nossas feridas e abrir nossos olhos para o que se passa no universo. Existe uma vida real!

Quando Jesus andou na terra, tenho certeza que não precisava de nada.

Ele era auto-suficiente. Apesar disso, viveu tudo: Ele andou, trabalhou, se entristeceu, chorou, sentiu fome, angústia, dor, morreu e ressurgiu. E vivendo tudo isso, amou. Amou até o fim, até pedir perdão para os que o crucificaram.

E tudo o que Ele viveu, foi para nos mostrar o exemplo. De nada serviria se Ele tivesse pregado e não vivido o que ensinava. Como nós. Mais que falar, precisamos viver.

O dia que as pessoas compreenderem que a solução está dentro delas, então o mundo terá uma chance de sair desse caos. Se você quer ser amado, ame! Quer receber um sorriso? Sorria! Quer receber e-mails? Mande! Quer carinho? Dê ternura até não agüentar mais.

Quer atenção? Seja atencioso!

Talvez não funcione imediatamente. É um remédio que precisa de um tempo para começar a fazer efeito. Mas, quando você estiver curado interiormente, vai ser outra pessoa, de maneira tal que será impossível não receber de volta a felicidade que espalhou. Temos a mania de querer comprar tudo.

Mas muita coisa da vida precisa plantar, cuidar, esperar pacientemente e colher.

Nem tudo se vende e se compra ou se acha gratuitamente e afeto faz parte dessas raras coisas.

Não amamos a Deus por que Ele nos amou primeiro?

Então, vivamos de maneira que possamos ser os primeiros a dar afeto, amor, atenção. Sejamos os antídotos do ódio e da indiferença, sem esperar que os outros o sejam. Tudo o que virá após, será compensação. Estaremos contribuindo assim para uma sociedade mais justa e mais humana.

Letícia Thompson.
Enviado por Marília em 20/04/2008
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T954926
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