Minha vida, na adolescência

• A minha adolescência foi um problema realmente grande, para todas as pessoas envolvidas comigo de alguma forma. Imagine um adolescente sensitivo no meio de uma sociedade baseada em paradigmas falsos, onde o que vale é esconder o que se sente, e ser sincero jamais.
• Há algo que a maioria das pessoas desconhece, por acreditar ser bobagem, fruto da imaginação da gente. O sensitivo percebe o interior das outras pessoas com uma clareza assustadora. O que muitas vezes ensombra a sua percepção é o receio do ridículo e da não aceitação.
• Eu vivia tendo problema com as namoradas, por que elas queriam uma coisa e falavam outra, eu ficava sem saber o que fazer. No entanto eu desconhecia como enganar os outros sobre o que sentia e ficava sempre em desvantagem, era um horror. É difícil viver assim na sensibilidade.
• Gostava mais de viver na fazenda, no meio dos bichos do que no meio das pessoas. Desconhecia o que dizer, por que todos estavam mentindo a respeito de alguma coisa, querendo esconder o que eram, pois como dizia Taileran: “o homem usa a palavra para esconder o pensamento”.