Papa Francisco

 

Há dias atacado pela bronquite asmática, tenho entrado pouco no Recanto. Mas não poderia ignorar a notícia que surpreendeu o mundo: o falecimento do Papa Francisco.

Surpreendeu, porque o pior parecia haver passado: afinal ele teve alta hospitalar.

Mas a sabedoria divina agiu. Francisco já estava muito cansado de carregar o mundo nas costas, qual um novo Atlas. A alta serviu para que ele voltasse ao Vaticano e pudesse se despedir do povo, falando com voz enfraquecida e escrevendo mensagens que foram lidas. Sua mensagem final, lida ontem na cerimônia de Páscoa, é admirável e pode ser acessada no YouTube.

E, ele alcançou portanto a data mais importante do calendário litúrgico e morreu na madrugada, ao que parece de derrame cerebral. O Vaticano ainda vai divulgar o atestado oficial.

Os comentários sobre conservadores e progressistas para mim não fazem o menor sentido. Um papa antes de mais nada é católico e é perfeitamente possível ser conservador e progressista ao mesmo tempo, pois os dois termos não se contradizem semanticamente. O contrário de progredir não é conservar, mas regredir. O contrário de conservar não é progredir, mas destruir. E ninguém pode progredir a partir do nada.

O Papa Francisco é conservador e progressista.

Agora, contra qualquer especulação da mídia ignorante, não esqueçamos que o conclave para a eleição do novo pontífice é orientado pelo Espírito Santo.