CÉLULAS TRONCO ESPERANÇA CONTROVERSA!

By Alcir Florentino

Atualmente as pesquisas com células-tronco têm ocupado grande espaço nas discussões em muitos países.

A esperança está na capacidade das células-tronco de se constituir em diferentes tecidos no organismo e de auto-replicação, ou seja, na possibilidade de gerar cópias idênticas de si mesmas. No futuro poderiam funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso de diabetes. Em outras palavras, as células troncos funcionariam como células “coringa”, ou seja, teriam a função de ajudar no reparo de uma lesão.

No ano passado o The New York Times publicou que a famosa empresa Nature, aqui dos EUA, decidiu investir US$ 300 milhões por ano na pesquisa com células-tronco. O próprio site da revista Nature publicou, em 3 de novembro, o artigo "California says 'yes' to stem-cell research" (Califórnia diz “sim” para pesquisa com células-tronco). A matéria "Measure passed, California weighs its future as a stem cell epicenter" (Medida aprovada, Califórnia examina seu futuro como um epicentro das células-tronco), saiu na edição do dia seguinte também do New York Times.

Ambos os textos tratam da aprovação de uma medida que destinará, ao longo de dez anos, US$ 3 bilhões para pesquisas com células-tronco de embriões humanos na Califórnia. A chamada Proposição 71, votada em conjunto com a eleição presidencial nos Estados Unidos, foi aceita por 59% dos eleitores do mais populoso Estado norte-americano. O resultado do plebiscito vai de encontro à política do presidente reeleito George W. Bush, que se opõe à coleta de células-tronco em embriões humanos.

A chamada Proposição 71 também prevê a criação do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia. A instituição se responsabilizará pela distribuição dos US$ 300 milhões anuais em financiamentos e pelo estabelecimento das linhas de pesquisa.

Segundo ainda o site da Nature, os defensores da proposição esperam que ela atraia para a Califórnia pesquisadores e empresas de outras regiões dos Estados Unidos e de outros países do mundo. Eles acreditam que a medida poderá fazer do Estado um líder em uma nova indústria, geradora de empregos e royalties de patentes.

Convém destacar ainda que, o texto alerta para o fato de que as pesquisas com Células-tronco embrionárias não resultarão imediatamente em novos tratamentos. Afirma ainda que "há o risco de que elas talvez nunca dêem origem a uma grande indústria”.

Também reportagem do The New York Times diz que: “Até agora, a maioria das companhias farmacêuticas e de biotecnologia aparentam ter pouco interesse em células-tronco". As razões para isso seriam a controvérsia ética em torno do assunto e a possibilidade de as terapias baseadas nessas células precisarem ser feitas sob medida para cada paciente, o que as tornaria menos interessantes para as empresas do que comprimidos padronizados.

Em maio passado aqui nos EUA, a Câmara dos Deputados ignorou o Presidente George W. Bush e aprovou estudo de embrião com 238 votos a favor e 194 contra. Os votos contra tiveram grande influência do líder do Partido Republicano, Tom Delay que em suas diversas manifestações deixou claro que aprovar a lei equivaleria a “financiar com dólares dos contribuintes o esquartejamento de seres humanos vivos” pois, para se obter as Células-tronco é preciso destruir o embrião. Para seus defensores, a lei abre esperanças de cura para várias doenças, enquanto seus críticos dizem que ela equivale ao aborto.

Os membros da Câmara que defendem a medida agora esperam que ela seja aprovada pelo Senado, o que, segundo eles, poderia levar o presidente Bush a voltar atrás, todavia os analistas políticos que fazem plantão tanto no Congresso como na Casa Branca, são unânimes em reconhecer que haverá dificuldades tendo em vista as convicções alardeadas por George W. Bush.

O Comunicador Edson Bruno Zilse, que viveu muitos anos aqui nos EUA, diz que jamais apoiaria as pesquisas com células – tronco. Ele lembrou o drama de Joni Eareckson Tada. Joni aos 16 anos foi dar um mergulho na praia e após bater com sua cabeça no fundo do mar, sofreu uma fratura na espinha que a deixou paralisada do pescoço para baixo. A cadeira de rodas é seu meio de locomoção há mais de 30 anos. Ela já declarou em entrevistas que não aceitaria ser curada com a ajuda de um embrião, o que reforça a opinião de Zilse.

O Dr.José Aldo Simões e Silva, Médico Cancerologista-Radioterapeuta no Brasil e Pesquisador nos EUA, lembra que o desenvolvimento científico requer tempo, recursos e resultados. “Uma análise superficial, irresponsável e pouco conclusiva limita a sua credibilidade, sem avaliar aspectos jurídicos e políticos envolvidos. As células-tronco não podem ser analisadas quanto a sua eficácia científica baseada em holofotes da mídia e não pode ser a única e exclusiva fonte de pesquisa para doenças que assolam a humanidade”.

Dr. Simões aponta a necessidade de reavaliar erros graves e de simples solução, como por exemplo, a perda nutritiva dos alimentos, poluição do meio-ambiente, melhoria da qualidade de vida, erradicação da fome, valorização de pesquisas. “As soluções não necessariamente, precisam ser tão conflitantes, de custos astronômicos e de tanta incerteza para esses pacientes.”

Outro alerta de Dr. Simões é para o fato dos centros de pesquisas das células-tronco não serem unânimes em relação a quais são as melhores linhagens de pesquisa. “Três grupos se dividem claramente: o que é a favor da utilização das células-tronco adultas e do cordão umbilical; outro a favor da utilização das células embrionárias e o terceiro que busca espaço na clonagem tecidual nas células-tronco. É ainda um campo sem respostas a eficácia destas células que mesmo após se transformarem em células dos órgãos lesionados, podem não possuir função fisiológica. E ainda, alguns relatos demonstram que causam câncer”, afirma.

Fala também o Dr.. Simões que, outro alerta de extrema importância é quanto ao cuidado com a falsa expectativa de pacientes e familiares. “Pode repercutir em traumas psíquicos e agravamento de suas enfermidades pelo colapso emocional.” Diz ele.

Dr. Simões e Silva chama a atenção para uma pesquisa ainda do conhecimento de poucos, da Universidade de Mcguill no Canadá. GSH (gluthatione): proteína única presente em todas as células do corpo humano capaz de desenvolver ação antioxidante, desintoxicante e imunológica. O GSH é elevado no recém-nascido que recebe aleitamento materno e com o passar dos anos diminui, pois para a sua formação é necessário um elemento essencial nutritivo, a Cysteina, perdida nos nossos alimentos pela agressão dos agrotóxicos e poluentes: Esses cientistas desenvolvem a matéria-prima do GSH através da proteína do soro do leite bovino retirada e isolada do leite não pasteurizado e orgânico.

Com a oferta nutritiva da cysteina e elevação do GSH, o corpo humano restaura um organismo importantíssimo com ação preventiva e curativa em cerca de 75 doenças, incluindo câncer, doenças cardíacas, diabetes doenças pulmonares, reumáticas e outras. Sua ação antioxidante, desintoxicante e restauradora do sistema imunológico é comprovada em publicações médicas de conceito mundial. “Com prevenção e otimizando projetos já existentes podemos alcançar os resultados tão esperados”.

Matéria publicada na Revista Família Já (Janeiro/2006)