O apelo ao rebentar da bolha

Vamos supor que um ladrão invade a sua casa e rouba a sua televisão.

Mas ao invés de chamar a polícia,espera que o sol nasça e vai comprar uma nova.

O ladrão ainda receoso,decide então voltar a invadir a casa e roubar a televisão... novamente,nada se sucede,pois a vítima limita se a comprar uma nova.

Assim o criminoso começa a habituar se,e o roubo torna se um hábito.

Parece impertinente,mas algo semelhante se passa na política portuguesa.

Hoje em dia, existe um grupo que ficou isolado de todos os outros: o PS e o PSD.

Estes dois têm dominado o país desde 1974, de maneira tão impressionante, que são os únicos vencedores das eleições portuguesas desde que as mesmas existem.

Talvez, o hábito e a confiança de saberem que estarão representados no parlamento nas eleições seguintes, apenas por serem o "Ps" e o "PSD", expliquem o facto de que Portugal tem graves défices de progressão em todas as áreas.

Assim venho apelar para que nestas próximas eleições,caso haja uma queda efetiva do partido de Luís Montenegro para que,de forma consciente,o povo português vote numa alternativa e quebre está bolha em que vivemos de uma vez por todas.

Eu sei que as pessoas têm medo de tomar decisões erradas, e está tudo bem. Errar é humano e temer também.

O que é desumano é deixar nos que esse medo nos controle, ao ponto de permitirmos que os nossos descendentes possam vir a ter uma vida tão miserável, como há de muitos que estão a pedir escórpulas na rua.

A asfixia da classe média está a tornar se uma realidade(se é que já não o é) em Portugal;as infraestruturas estão saturadas, e o nosso país está a perder a sua identidade, ao abrir mão dos jovens que tanto investimos para formar.

Não é necessário sermos extremistas,apenas conscientes e esperançosos que, embora a nossa Nação não seja uma utopia, pode vir a ser um lar feliz para muitos que um dia surgirão.