A inveja e eu

Sempre quis ser um artista. Invejava os atores, os pintores, os escultores, músicos e cantores. Nunca iria conseguir expressar na vida nada que valesse a pena e isso me frustrava. Quando ia ao teatro, quase ficava alheio ao que se passava de tanta tristeza que sentia por não estar no palco, minha família tinha um conceito triste de artistas.

Com o passar dos anos, fui sendo obrigado pelas circunstâncias a assumir responsabilidades na vida e a trabalhar em áreas que nada diziam para mim, sempre um peixe fora d’água. Foi sendo assim até que há onze anos passados eu comecei a escrever na net e pude entrar mais com contato com o artista que existe dentro de mim, na poesia e nas imagens.

No início fiquei muito eufórico, com os e-mails que recebia, mas com o tempo fui entendendo que esta é minha missão, muito mais do que minha arte, levar felicidade e consolo para as pessoas, além de conhecimento espiritual e esperança pelas coisas Divinas no Seu Imenso Trabalho de Amor, na veneração de Sua Força e Seu Poder Amorosos.

Por isso eu gosto de dizer para as pessoas, que a inveja é a constatação de que temos dentro de nós o potencial do poder invejado, por que só podemos perceber fora de nós o que existe dentro. Se alguém sente inveja de outro alguém deve se regozijar, pois tem dentro de si o móvel que o pode levar ao caminho do objeto invejado, é só exercitar.