Violência gera violência

A trágica morte do general russo Igor Kirillov, num atentado a bomba em Moscou, indica uma escalada na guerra travada há quase três anos entre Rússia e Ucrânia, e que ameaça incendiar a Europa.

Como se vê, nem em Moscou o ditador fascista comunista Vladimir Putin pode se considerar a salvo.

Ao que parece, a inteligência ucraniana está se especializando em eliminar alvos individuais específicos, agentes inimigos que pesem mais no conflito; outras mortes assim já ocorreram.

Kirillov é acusado pelo uso de arma química (gás tóxico, que inflama os pulmões) de tipo proibido internacionalmente.

É lamentável que se mate seres humanos em atentados (e outro militar morreu junto com Kirillov) mas Putin e seu Estado Maior têm feito coisas muito piores com o povo ucraniano - a "martirizada Ucrânia", como diz o Papa Francisco (que hoje completa 88 anos) - e violência gera violência.

Putin, esse monstro, deve estar subindo pelas paredes e tudo indica que vai retaliar.

Aonde nos levará esse conflito?

Em tempo: no conto "Estado de assassinato", escrito na década de 50, o grande autor norte-americano de ficção científica Poul Anderson previu esta situação em que a eliminação das figuras importantes do inimigo faz parte da estratégia de guerra.

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2024.