Combustível do poeta

O combustível do poeta é a chama que sai de uma alma aquecida... sentimento desconhecido afugentando, que precisa ser envolvido. Acalentado talvez pelo meigo e doce amor ou também pela inflamada raiva que aflora na tempestade... Meus lábios querem a paixão no impacto ardente do desejo que faz o coração pulsar e levemente explode ideias, histórias enfeitadas com esse sentimento digno de toda atenção, pois pode ser temporário se não alimentado...

Mas quando essa chama encontra seu espaço, torna-se luz imortal, ecoando nas palavras que vibram e tocam o íntimo. A poesia se transforma em um grito, em uma lágrima, em um riso arrebatador, rasgando os véus do silêncio, revelando o que antes estava oculto. É nessa entrega total, onde cada verso é um sopro de vida, que o poeta se consome e renasce, incendiando o papel com sua alma viva e pulsante. É nesse instante que o efêmero se eterniza, onde a emoção não se apaga, e o fogo que arde em si se torna infinito.