A Pena do Poeta

 

A pena do poeta desliza no papel,  
Como um rio suave que canta ao passar,  
Carrega os segredos de um coração fiel,  
Traduzindo em versos o doce sonhar,  
Pintando em palavras o que não pode calar.

 

Em cada traço, o sentimento floresce,  
É lágrima oculta, é sorriso a brilhar,  
São vozes da alma que a tinta enaltece,  
É dor e esperança a se entrelaçar,  
Num mar de emoções que não pode afundar.

 

A pena do poeta conhece o lamento,  
E transforma o pranto em canção imortal,  
Cada verso é o eco de um pensamento,  
Que busca no céu um abrigo final,  
Onde o silêncio vira música celestial.

 

Na dança da mão, o poeta se entrega,  
Escreve o amor, a saudade, o adeus,  
E assim vai tecendo uma história que lega  
Àqueles que olham pro céu e pro véu,  
De um tempo vivido, guardado nos céus.

 

A pena do poeta é o fio da vida,  
É o espelho da alma em seu mais puro ser,  
E enquanto ela escreve, a dor é vencida,  
Os sentimentos encontram um novo renascer,  
E o poeta descansa no ato de escrever.

A Sales
Enviado por A Sales em 08/09/2024
Código do texto: T8147063
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