A Pena do Poeta
A pena do poeta desliza no papel,
Como um rio suave que canta ao passar,
Carrega os segredos de um coração fiel,
Traduzindo em versos o doce sonhar,
Pintando em palavras o que não pode calar.
Em cada traço, o sentimento floresce,
É lágrima oculta, é sorriso a brilhar,
São vozes da alma que a tinta enaltece,
É dor e esperança a se entrelaçar,
Num mar de emoções que não pode afundar.
A pena do poeta conhece o lamento,
E transforma o pranto em canção imortal,
Cada verso é o eco de um pensamento,
Que busca no céu um abrigo final,
Onde o silêncio vira música celestial.
Na dança da mão, o poeta se entrega,
Escreve o amor, a saudade, o adeus,
E assim vai tecendo uma história que lega
Àqueles que olham pro céu e pro véu,
De um tempo vivido, guardado nos céus.
A pena do poeta é o fio da vida,
É o espelho da alma em seu mais puro ser,
E enquanto ela escreve, a dor é vencida,
Os sentimentos encontram um novo renascer,
E o poeta descansa no ato de escrever.