Deserto de ouro - filme
Nem tudo são flores,
há espinhos,
frutos e folhas
também.
Vento quente,
poeira e sol;
frio noturno,
escorpiões.
Areia nos olhos,
desidratação;
incertezas, medo,
solidão.
Ouro bruto,
uma grande pedra;
riqueza sonhada,
ambição.
Desfalecido,
determinado,
disposto,
entregue.
Obsessão,
desequilíbrio,
frustração e morte:
Fim.
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Reflexão poderosa sobre a dualidade da vida, em que as imagens de flores e espinhos simbolizam bem essa mistura de beleza e dor que todos nós enfrentamos em nossos cotidianos.
A transição entre os elementos — o vento quente, a poeira, a solidão — revela a luta interna e as dificuldades que podem surgir no caminho. A ambição e o desejo de riqueza contrastam com os sentimentos de desfalecimento e frustração, mostrando como nossas aspirações podem nos levar a extremos; ela tem o poder de nós cegar completamente.
Nesse processo todo, um desfavorável final, em que a expressão "Fim" é impactante, quase como se fosse um contundente chamado à aceitação da realidade da vida, tal qual um lembrete de que as experiências, boas ou ruins, fazem parte das nossas jornadas diárias.