Deserto de ouro - filme

Nem tudo são flores,

há espinhos,

frutos e folhas

também.

 

Vento quente,

poeira e sol;

frio noturno,

escorpiões.

 

Areia nos olhos,

desidratação;

incertezas, medo,

solidão.

 

Ouro bruto,

uma grande pedra;

riqueza sonhada,

ambição.

 

Desfalecido,

determinado,

disposto,

entregue.

 

Obsessão,

desequilíbrio,

frustração e morte:

Fim.

 

/////

 

Reflexão poderosa sobre a dualidade da vida, em que as imagens de flores e espinhos simbolizam bem essa mistura de beleza e dor que todos nós enfrentamos em nossos cotidianos.

 

A transição entre os elementos — o vento quente, a poeira, a solidão — revela a luta interna e as dificuldades que podem surgir no caminho. A ambição e o desejo de riqueza contrastam com os sentimentos de desfalecimento e frustração, mostrando como nossas aspirações podem nos levar a extremos; ela tem o poder de nós cegar completamente.

 

Nesse processo todo, um desfavorável final, em que a expressão "Fim" é impactante, quase como se fosse um contundente chamado à aceitação da realidade da vida, tal qual um lembrete de que as experiências, boas ou ruins, fazem parte das nossas jornadas diárias.