Direito à vida e inversão de valores

 

Causa horror a celeuma que a contra-cultura que domina a nossa mídia vem fazendo na questão do aborto, especialmente no caso da gravidez por estupro. Vivemos no tempo da inversão de valores.

Do jeito que estão falando e gritando na mídia, parece até que quem estuprou a mulher foi o bebê. Ora, quem estuprou foi o estuprador. Ele é que tem punido, aliás em alguns lugares existe pena de morte para esses tarados.

Repete-se em larga escala o caso de Poncio Pilatos. Pela leitura dos Evangelhos vemos que Pilatos declarou Jesus Cristo inocente e, em seguida, assinou a sua sentença de morte.

Assim foi instituída historicamente a pena de morte para inocentes, uma aberração do Direito.

Ora bem: a Ciência prova à sobeja que o nascituro é um ser humano. Uma pessoa humana, com seu próprio DNA. Legalizar o aborto é estabelecer a pena de morte para inocentes, uma coisa impensável.

Qual é o defensor do embriocidio que tem a coragem de dizer em português claro que é a favor de matar bebês? Eles não dizem isso, só dizem que são a favor do aborto.

E não há coisa mais machista que o aborto. Se uma mulher traída por um namorado de ocasião, que a engravida e a abandona, como no romance "Clara dos Anjos" de Lima Barreto ou no filme "Crepúsculo em Tóquio" de Yazujiro Ozu, recorre ao aborto, é isso mesmo que o machista libertino quer, pois o livra de responsabilidades, inclusive pecuniárias! E isso vale mais ainda no caso de estupro, pois matar o bebê libera o estuprador que mesmo na prisão teria de pagar pensão alimentícia!

Sem falar que uma mulher que se submete ao abortamento adquire com frequência sequelas terríveis, a síndrome pós aborto: remorso que não passa, sequelas físicas e psicológicas. E também se trata de uma cirurgia arriscada.

Mulheres de boa formação cristã que passaram por tal situação preferiram ficar com a criança, por saberem que, no aborto, estariam matando sua prole, matando uma criança.

Eu entendo que a mulher que engravida por estupro não é obrigada a ficar com o bebê, mas o erro de raciocínio é achar que esse bebê deva ser eliminado. É uma vida humana inocente e sagrada, deve viver. Se o Estado não cumpre com sua responsabilidade de proteger seus cidadãos, hoje em dia a Igreja Católica possui muitos grupos de ativistas pró vida (provavelmente a maior parte é de mulheres) e com certeza a sociedade humana, que já foi até na Lua, tem meios de garantir a vida de bebês rejeitados.

Matar, nunca. É preferível estabelecer na legislação a pena de castração cirúrgica para estupradores. E não me venham dizer que isto seria uma pena cruel, porque cruel é o estupro. A sociedade moderna está muito liberal e quer que criminosos perversos sejam tratados a pão-de-ló.