# Momento Itajubense : Governador Zema passa de passagem por Itajubá e pelo Sul de Minas / Senador Rodrigo Pacheco empenha-se pela dívida do Governo de Minas Gerais / Prefeito de Belo Horizonte está com Lula / E Lula desanca empresários
Jornal de Itajubá - Sul de Minas Gerais
Sexta-feira, 14 de junho de 2024
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, passou ontem por Itajubá, São José do Alegre, Gonçalves, Sapucaí Mirim, Brasópolis e Paraisópolis, no Sul de Minas. Em Itajubá, ele apenas visitou a construção do primeiro Centro de Hidrogênio Verde de Minas Gerais, instalado na Universidade Federal de Itajubá - Unifei. Ele foi recebido pelo prefeito Christian Gonçalves e pelo reitor Edson Bortoni.
Zema seguiu para São José do Alegre, onde esteve no ginásio Vereador Noel Bernardes Silva e almoçou com o prefeito e autoridades locais. Em Brazópolis, já à tarde, Zema visitou a Unidade Básica de Saúde - UBS - do bairro Alto da Glória. Para finalizar o giro pelo Sul de Minas na Escola Municipal Monsenhor Sebastião Vieira de Paraisópolis.
Senador Rodrigo Pacheco acredita em solução para a dívida do Governo de Minas Gerais
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco está otimista quanto à aprovação do projeto de lei que busca dar uma solução para a dívida dos estados com a União até o dia 20 de julho, em especial para o caso do Governo de Minas Gerais. O prazo foi dado pelo ministro do STF, Nunes Marques, para que os governos federal e estadual cheguem a um acordo antes que o Governo de Minas Gerais volte a pagar sua dívida junto ao Governo Federal de R$ 165 bilhões.
“Acho que é plenamente possível . A gente apresentando o projeto, há um senso de urgência. Acho que haverá muito boa vontade das bancadas do Senado de dar solução ao maior problema federativo que temos hoje, a dívida dos Estados com a União. E quando há boa vontade, há celeridade na apreciação”, comentou Pacheco, nesta quinta-feira (13).
A proposta prevê em linhas gerais a passagem de empresas estaduais para o Governo Federal. Ou seja, poderia haver a transferência da Cemig para o Ministério das Minas e Energia em troca do abatimento da dívida do Estado. Acontece que a proposta tem ainda que ser aprovada não pelo próprio Senado, como também pela Câmara Federal antes de ir ao presidente
Lula, com quem o senador Rodrigo Pacheco já manteve entendimentos.
O projeto deve ter como pontos principais a redução do indexador da dívida, que hoje corresponde à inflação mais 4%, cessão de créditos e a possibilidade de transferência de ativos, como empresas estatais, à União. No caso de Minas, essas empresas podem ser além da Cemig, a Copasa e a Codemig.
A equipe de Pacheco já calculou o valor da transação das três estatais em R$ 80 bilhões - só a Codemig é avaliada em R$ 59 bilhões. O valor corresponde a cerca de metade da dívida de Minas Gerais tem com o Governo Federal.
Prefeito de BH critica Bolsonaro
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), elogiou o presidente Lula (PT), e declarou que o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), não ajudou Belo Horizonte quando no Governo Federal, em debate nesta quinta-feira, promovido pela Folha de São Paulo e a plataforma UOL.
Fuad Noman assumiu a prefeitura em abril de 2022, quando Kalil renunciou ao cargo para concorrer ao governo de Minas Gerais, eleição da qual saiu derrotado. O atual prefeito concorrerá a um novo mandato, mas ainda não recebeu uma indicação de apoio do seu antecessor.
"Agradeço muito meu amigo Kalil por ter me convidado para ser secretário da Fazenda, para ser vice-prefeito e depois ter saído e me deixado na Prefeitura de Belo Horizonte para realizar as mudanças que estamos fazendo na cidade. Quero continuar isso, quero continuar o projeto com que ganhamos a eleição passada" , continuou Noman.
Sobre o seu posicionamento na política nacional, Fuad disse que não se guia por ideologias e apoia aqueles que ajudarem Belo Horizonte.
"Eu sou Belo Horizonte. Não tenho vinculação ideológica de direita ou de esquerda. Acho que prefeito tem que se preocupar com a cidade. Essa questão de ideologia é uma questão nacional", garantiu.
Para destacar que apoiou o presidente Lula no segundo turno das eleições de 2022 mediante a promessa do petista de apoio à Prefeitura de Belo Horizonte. "O presidente cumpriu a promessa e tem aportado recursos na capital mineira" completou.
Fuad criticou Jair Bolsonaro. O ex-presidente não fez nenhum aporte de recursos importante para a cidade, explicou, para dar como exemplo as chuvas de 2020, que causaram enchentes e estragos na capital mineira: "Ele falou que ia mandar R$ 1 bilhão e mandou zero."
Sobre a eleição:
"Dizem os políticos mais antigos que vice tem que ter uma de três coisas: dinheiro, voto ou tempo de televisão. Como o União Brasil tem tempo de televisão, estou muito satisfeito com o vice que eles indicarem".
Ele garantiu que fez mais de 300 obras em dois anos e citou como exemplo projetos de prevenção de enchentes, de contenção de encostas, além da reforma de escolas e unidades de saúde municipais.
Questionado sobre o sistema de transporte público de Belo Horizonte, que vem sendo alvo de críticas da população, Fuad declarou que o sistema vive um momento de transição de modelo,
destacando a repactuação do contrato com as empresas. Com isto, continuou, a prefeitura foi obrigada a subsídios para custear o sistema, mas foram comprados 750 novos ônibus, o equivalente a 30% da frota que circula na cidade.
Lula defende Haddad sobre desoneração: 'Tentou ajudar empresários'
Jamil Chade e Lucas Borges Teixeira Colunista do UOL, em Genebra, e do UOL, em Brasília
O presidente Lula defendeu nesta quinta-feira (13) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que o debate sobre desoneração agora depende do Senado e dos empresários.
O que aconteceu
Na terça (11), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, devolveu para o governo federal a MP do PIS/Cofins. Apelidada de "MP do fim do mundo", ela era alternativa para compensar a perda de arrecadação causada pela desoneração da folha de pagamento de municípios e 17 setores da economia.
Para Lula, Haddad tentou "ajudar os empresários" propondo a reoneração. "Nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram", disse o presidente, após discurso na OIT (Organização Internacional do Trabalho), na Suíça.
A devolução foi encarada como uma derrota para o governo,
em especial para Haddad. Incomodado com as críticas ,
o presidente disse que Haddad é "extraordinário"
Não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que me conheço por gente, ele vira o centro dos debates, quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo.
presidente Lula
O presidente lavou as mãos. "Se, em 45 dias, não houver acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época", disse Lula.
Agora, a bola não tá mais na mão do Haddad, está na mão do Senado e dos empresários. Encontrem uma solução. O Haddad tentou: não aceitaram, agora encontrem uma solução."