A Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) constitui-se numa área que invariavelmente possui em verdadeiro entrelaçamento de saberes de características multidisciplinares e que convergem para o seu desenvolvimento, tanto técnico como conceitual. A IA envolve uma volumosa quantidade de conhecimento acumulado ao longo do nosso instigante e cambaleante processo civilizacional. Conhecimento este que abarca o cálculo, a lógica matemática, a epistemologia, a teoria computacional, a física, a psicologia, a biologia apenas para citarmos os basilares.
Da computação utiliza-se às áreas que abrangem banco de dados e linguagens de programação. Somando-se a robótica, o processamento de imagens computacional. Na área da biologia, há a utilização de modelos biológicos para simulação computacional e bem como a adoção dos assim denominados algoritmos genéticos, aplicados na resolução de problemas. A IA é também objeto de discussão de teorização filosófica, envolvendo questões epistemológicas que ensejam conceituar, por exemplo: o que é a inteligência?, ou pode um cérebro eletrônico ser considerado inteligente e consciente?.
Enfim são questionamentos e colocações que fazem parte do arcabouço geral da IA num contexto geral e conceitual, que respinga profundamente na sua aplicabilidade no mundo real.
O público geral, normalmente leigo no assunto, em diversas oportunidades e casos, tem uma visão totalmente distorcida da IA. Ela é apresentada como um caso assombroso de pura ficção científica, em peças publicitárias, na mídia em geral e nas produções cinematográficas. São robôs humanoides que dotados de inteligência e consciência plena tomam decisões e são altamente superiores aos seres humanos, e há casos que ameaçam inclusive a nossa existência. Evidente que por estes motivos quando temos um primeiro contato com a IA, normalmente espere-se algo quase que sobrenatural que beira o fantástico. Contudo não é bem assim que as coisas funcionam. Há sim um toque especial na IA, principalmente no que tange ao auxílio da tomada de decisões, na mineração de dados e em praticamente “adivinhar” o que queremos quando navegamos na grande rede de computadores, a internet. Há sempre um produto, ou uma promoção de viagem que nos interessa logo ao alcance de um clique ou de um toque sutil na tela touch screem , contudo isso é mais fruto de um “pesado” processamento de dados volumosos que as empresas acumularam e acumulam instantaneamente e os armazenam para após processá-los a fim de estabelecer padrões identificáveis das pessoas, por exemplo; do que algo miraculoso e fantástico.
É importante frisar que nos últimos anos e aqui também para estabelecer um marco temporal em anos, digamos a partir dos anos 2000, ou deste século, a IA tem se tornado muito popular, e máquinas com diferentes finalidades e diferentes níveis de processamento de dados, dotadas de características inteligentes vem sendo utilizadas em várias áreas. Bem possível que estejam cada vez mais presentes e se façam sentir em nossa existência diária. O que ocasionalmente terá um impacto gradativamente maior na sociedade humana da contemporaneidade.