Revolução científica e conhecimento
Você acredita que com a revolução científica o conhecimento foi usado para intervir e prevenir mudanças catastróficas no planeta? Isto acontecerá?
Não, uma vez que devemos levar em conta uma série de aspectos que vêm a corroborar esta afirmação.
Primeiramente o homem por suas características mais elementares e primárias, age localmente, devido aos nossos instintos primatas. Uma vez que sempre e ininterruptamente até o momento, agimos localmente, despreocupando-se com outras partes do globo, bem como com as gerações vindouras. E durante a maior parte do tempo em que habitamos este planeta, ficamos reduzidos a viver rusticamente, preocupando-se apenas em obter alimento e a lutar pela sobrevivência diária, locomovendo-se de forma gradativa pelo ambiente e observando sempre a oferta de mantimentos. Portanto inexistia a preocupação e até o conhecimento de outras partes da terra bem como com o impacto ambiental causado, estes fatores eram totalmente ignorados. Exemplos disto são as planícies pantanosas férteis dos vales dos rios Tigres e Eufrates no atual Iraque, que outrora em tempos áureos denominava-se Suméria e Babilônia posteriormente, na atualidade não passam de regiões desérticas. Mas há milênios antes de Cristo foi extremamente fértil, isto foi o reflexo do intenso e indiscriminado uso da terra agricultável. E este pensamento “local”, exposto e explanado nas linhas acima, indiferente às consequências ambientais posteriores, se fez presente na Revolução Científica, e posteriormente na Revolução Industrial. Outro aspecto importante é o de o conhecimento científico ser direcionado para o lucro. Suas descobertas e progressos serem unilateralmente canalizados para obter vantagens de caráter financeiro e de supremacia de uma nação sobre outra rival.
Despreocupando-se com consequências de caráter ambiental, e com o esgotamento das energias não renováveis principalmente. Criando o falso pensamento que as reservas do nosso planeta são inesgotáveis. É sem dúvida um resquício presente do “homem das cavernas”, que despreocupava-se com o esgotamentos dos recursos naturais, totalmente saturados. O conhecimento científico foi colocado a serviço do progresso, e meio que deixou de lado ou em segundo plano a possibilidade de usá-lo para prevenir as mudanças catastróficas a que o planeta se submeterá, bem como recuperar áreas degradadas por anos e até séculos de exploração descomedida.
Para utilizar o conhecimento científico para fins interventores e preventivos de catástrofes ambientais no planeta, deve-se mudar o pensamento, primeiramente promovendo uma revolução interior em cada um dos habitantes da terra. Pensarmos e agirmos não localmente, mas levar em conta o todo, o planeta inteiro. E ter consciência que ações depredatórias e um determinado local, terão reflexo intermitente em outros locais distantes, (poluição de rios, emissão de gases poluentes na atmosfera). Em segundo lugar, mas não menos relevante, elegermos como prioridade não somente o lucro, mas o bem estar social e natural da população global, da fauna e flora. E canalizar recursos tecnológicos e científicos para essas importantes áreas.
Desta forma a utilização do conhecimento científico para fins de prevenção ambiental, passa intermitentemente por uma mudança de postura e atitude de todos nós. Com relação aos aspectos ressaltados acima. E nos conscientizarmos que é necessário preservar a nossa “casa”, o planeta terra.