O som do trovão distante

 

Esse título é de um episódio de um seriado que eu assisti nos anos 60 e já era uma reprise, creio que passou na extinta TV Continental.

O personagem principal era um general, acho que da força norte-americana estacionada na Inglaterra. O episódio em questão (entendam que pouca coisa ficou na memória) focaliza um rapaz também norte-americano, roceiro e ingênuo, piloto de caça. Aí a garota que ele estava paquerando morre num bombardeio nazista.

Estarrecido, desgostoso, acho que ele quis sair da Força Aérea e explicou ao general que até então, quando ele bombardeava as posições alemães, aquilo para ele era divertido, era apenas "o som de um trovão distante". Mas agora ele vira de perto o efeito e não queria continuar matando crianças.

Nunca esqueci a resposta do general:

"Eu não mato crianças. Isso acontece."

Agora falando sobre a atual guerra no Oriente Medio. Eu estou com Israel. Peço a Deus que consigam acabar com o Hamas, essa organização repelente que ataca e sequestra inocentes e decapita bebês.

É vergonhoso que haja vozes, inclusive no Brasil, defendendo abertamente o Hamas. E o Hamas é um dos grupos islâmicos radicais, como o Talibã e o Estado Islâmico, que defendem a jihad, cujo objetivo final é o domínio islâmico sobre o mundo inteiro. Os esquerdistas que advogam o Hamas deveriam pensar em que eles também seriam perseguidos e quiçá mortos, sob um governo islamita radical, a não ser que se convertessem ao Islamismo. Mesmo os muçulmanos moderados, que não perseguem as outras religiões, são visados.

Mas não vejo necessidade de realizar ataques aéreos sobre prédios residenciais, cheios de pessoas inocentes, inclusive mulheres, crianças e idosos. Também me compadeço dos animais. Foi por causa dos bombardeios aéreos que Santos Dumont se suicidou, lembram?

Ataques aéreos a meu ver só deveriam ocorrer contra alvos cirúrgicos, como por exemplo depósitos de munição ou "bunkers" do inimigo.

A tragédia humanitária que hoje é vista em Gaza não pode ser negada. Desde o início, a meu ver, o ataque contra o Hamas deveria ter sido por terra. Fazer por ar é reduzir as consequências ao "som de um trovão distante".