História 1
Fui a farmácia e,quando vou a qualquer lugar, penso o lugar e atitudes inerentes ao mesmo. No caso em questão, dirigi-me a fila dos idosos, próximo ao balcão de atendimento. Ocorria um atendimento à frente, posicionei-me e aguardei... Olhei para a prateleira ao lado, distraidamente e, quando olhei para a frente, havia um cidadão, receita na mão, entre eu e aquele já sendo atendido. Nisso outro atendente ao lado faz o chamado: - próximo! O próximo seria eu, mas o dito cujo intrometido avançou, logo entregando sua receita e desenvolvendo dialogo com o atendente. Ainda tentei expressar que o próximo deveria ser eu, mas não fui. A sorte, ou falta dela, estava lançada. O cidadão que originalmente estava sendo atendido à minha frente, percebeu a situação e, nada cabendo-lhe fazer, talvez simpático ao meu pleito, como a atendente afastara
para buscar medicamentos, colocou-se a meu lado e começamos a conversar. Ato contínuo, volta a atendente, faz contato visual comigo, agora parecendo o primeiro da fila e passa a tecer comentários sobre medicações e seus preços. Fiquei parado, com olhar de planta. Nisso o interessado dirigiu-se a ela dizendo, estou aqui. A moça ficou desconsertada e disse, vocês são muitos parecidos; confundi-me. Parecem irmãos! Nisso, num daqueles momentos Fabio de ser, falei... e somos... filhos de um mesmo Deus. Soou muito espontâneo até para mim. Fato é que recebi um aperto de mão, um abraço e desejamo-nos saúde, eu e meu irmão de farmácia.
P.S: - confesso que, no olhar, mesmo mais atento, parecíamo-nos muito, irmãos. Que bom saber que existem pessoas cordiais com quem esbarramos pela vida, parecidas com nós. Quanto ao outro cidadão, talvez um primo distante... guardo mágoa não, pois saí do local feliz, resenhando tudo e escrevendo para vocês... meus irmãos e irmãs.