A felicidade em Aristóteles e Sartre
Aristóteles e Jean-Paul Sartre são dois dos mais renomados filósofos que trataram da felicidade em sua obra. Ambos têm visões distintas a respeito do tema e, neste texto, essas divergências serão exploradas.
Aristóteles, em sua obra, "Ética a Nicômaco", apresenta a felicidade como uma atividade da alma de acordo com a virtude. Para ele, a felicidade não se trata de um objetivo final a ser alcançado, mas sim de um processo que deve ser perseguido ao longo da vida. Segundo o filósofo grego, a felicidade é alcançada a partir da harmonia entre a conduta moral e a realização pessoal.
Já Sartre apresenta uma visão diferente em sua obra, "O Existencialismo é um humanismo". Para ele, a felicidade não é um estado a ser alcançado, mas sim algo que se busca constantemente, por meio da ação e da escolha responsável. O autor francês defende que, como seres livres, cada um de nós deve escolher e definir seu próprio propósito na vida e agir de acordo com esses objetivos.
Assim, pode-se dizer que a divergência conceitual de felicidade entre Aristóteles e Sartre está ligada à questão da natureza da felicidade. Para Aristóteles, a felicidade é vista como um estado de equilíbrio harmonioso entre a virtude e a realização pessoal, enquanto para Sartre, a felicidade é um processo constante de escolha e ação, há uma busca contínua e inquietante pela realização pessoal.
Outra questão que separa as visões de felicidade de Aristóteles e Sartre é que o primeiro defende que a felicidade está associada à excelência moral e intelectual, enquanto o segundo enfatiza a importância da liberdade e da responsabilidade. Para Aristóteles, a felicidade está relacionada à conduta moral e virtuosa, enquanto para Sartre, a felicidade está ligada à liberdade e à escolha responsável.
Por fim, uma das principais diferenças entre as visões dos dois filósofos é que para Aristóteles a felicidade é vista como um estado permanente, que pode ser alcançado através de uma vida virtuosa e realizada, e para Sartre a felicidade é vista como um ideal em constante busca, sempre em movimento, eterno e inquieto.
Portanto, as visões de felicidade de Aristóteles e Sartre oferecem diferentes perspectivas sobre a natureza da felicidade e como alcançá-la. Enquanto Aristóteles enfatiza a importância da excelência moral e a realização pessoal, Sartre destaca a liberdade como o meio para se alcançar a felicidade em constante busca e realização. Ambas concepções são importantes e sólidas, assim coube a cada um escolher a qual mais se adequa à sua natureza e propósito de vida.