Hipersexualidade

Sempre ouvi falar naturalmente de hipersexualidade feminina. Tema recorrente explorado pela mídia escrita e pelo cinema, mas quando se trata da hipersexualidade masculina, o assunto já não é tão comentado.

Observando comportamentos de algumas pessoas difíceis de definir em um padrão normal de relações, procurei descobrir onde elas se enquadrariam e vi que psicólogos e psiquiatras as descrevem como hipersexual, e que o hipersexualismo, é um transtorno, no qual, a pessoa tem obsessão com pensamentos, impulsos ou comportamentos sexuais exacerbados. O que seria negativo, pois isso pode afetar desfavoravelmente a saúde, o trabalho ou os relacionamentos e causar sofrimento às pessoas envolvidas.

A hiperatividade sexual na mulher recebe o nome popular de ninfomania e, no homem de satiríase, os termos médicos denominam a hipersexualidade, que é um distúrbio psiquiátrico no qual a mulher ou homem tem um desejo compulsivo por sexo.

A pessoa com esse distúrbio psiquiátrico passa a ter um comportamento sexual similar a outros vícios e torna-se incapaz de controlar seus impulsos. Dessa forma, as relações sexuais se tornam repetitivas, intensas e nunca satisfatórias, buscando-se sempre mais e mais e isso inclui todos os tipos de relação sexual, seja real, virtual e masturbação.

Apesar dos impulsos sexuais serem naturais, a compulsão sexual, não é, pois afeta a capacidade da pessoa de viver normalmente, podendo desestruturar desde o seu relacionamento até a sua produtividade no trabalho.

Geralmente são desconhecidas as causas da ninfomania e satiríase, porém de acordo com a literatura médica existem diversas teorias a respeito do que pode desencadear este vício sexual, como por exemplo, que ele possa ocorrer graças a uma alteração em alguns neurotransmissores, causado por problemas psicológicos ou físicos. Outras teorias defendem que pode ser um sintoma de outros problemas de saúde, como o transtorno bipolar, ansiedade, depressão, demência, ou ainda, pode até ser um efeito colateral de certos medicamentos que afetam a dopamina.

O certo é que o diagnóstico deste vício é discutido, pois diversos especialistas acreditam que há uma linha muito tênue entre um impulso sexual ativo saudável e um comportamento patológico.

O alerta que fica é que pessoas leigas não devem sair por aí diagnosticando ninguém de acordo com o comportamento sexual apresentado, pois o tema é bastante complexo e, só quem pode diagnosticar é o médico psiquiatra.

E a pergunta que não quer se calar é: será que as pessoas viciadas em sexo querem mudar? Em muitos casos, não. Eu conheço algumas que jamais irão procurar um psiquiatra para falar dos seus vícios porque dizem que fazem sexo exageradamente porque gostam e ponto. Acham que a tara por sevo é uma qualidade.

Porém há um momento em que a pessoa deve reconhecer que precisa mudar, que necessita se tratar. É quando o prazer sexual não lhe satisfaz e lhe causa sofrimento, pois a compulsão sexual interfere em outras atividades e obrigações com prejuízo pessoal, social ou em outras áreas importantes da vida por causa da frequente intensidade de desejos sexuais incontroláveis.

Umbelina Marçal Gadelha

Leia Satírico https://www.recantodasletras.com.br/poesias-sensuais/7721071

O tema me despertou o interesse, pois há mais pessoas afetadas com esse tipo de comportamento do que imaginamos.

HYPERSEXUALITY

I've always heard of female hypersexuality. A recurring theme explored by the written media and cinema, but when it comes to male hypersexuality, the subject is no longer commented on.

Observing behaviors of some people that are difficult to define in a normal relationship pattern, I tried to find out where they would fit in and I saw that psychologists and psychiatrists describe them as hypersexual, and that hypersexualism is a disorder in which the person is obsessed with thoughts , exacerbated sexual impulses or behaviors. This would be negative, as this could adversely affect health, work or relationships and cause suffering for the people involved.

Sexual hyperactivity in women is popularly called nymphomania and, in men, satyriasis, medical terms call hypersexuality, which is a psychiatric disorder in which the woman or man has a compulsive desire for sex.

The person with this psychiatric disorder starts to have a sexual behavior similar to other addictions and becomes unable to control his impulses. In this way, sexual relations become repetitive, intense and never satisfying, always looking for more and more and this includes all types of sexual relations, whether real, virtual and masturbation.

Although sexual impulses are natural, sexual compulsion is not, as it affects the person's ability to live normally, and can disrupt everything from their relationship to their productivity at work.

The causes of nymphomania and satyriasis are generally unknown, but according to the medical literature there are several theories about what can trigger this sexual addiction, such as, for example, that it can occur due to an alteration in some neurotransmitters, caused by psychological problems or physical. Other theories argue that it could be a symptom of other health problems, such as bipolar disorder, anxiety, depression, dementia, or it could even be a side effect of certain medications that affect dopamine.

What is certain is that the diagnosis of this addiction is debated, as several specialists believe that there is a very fine line between a healthy active sexual impulse and pathological behavior.

The only warning is that lay people should not go around diagnosing anyone according to their sexual behavior, as the subject is quite complex and only a psychiatrist can diagnose it.

And the question that doesn't want to shut up is: do people addicted to sex want to change? In many cases, no. I know some who will never go to a psychiatrist to talk about their addictions because they say they have sex exaggeratedly because they like it, period. They think that the tare for sevo is a quality.

However, there is a moment when the person must recognize that he needs to change, that he needs to be treated. It is when sexual pleasure does not satisfy you and causes you suffering, as sexual compulsion interferes with other activities and obligations with personal, social or other important areas of life because of the frequent intensity of uncontrollable sexual desires.

The topic piqued my interest, as there are more people affected by this type of behavior than we imagine.

Umbelina Marçal Gadelha