Etarismo

ETARISMO

Não é apenas mais um ismo entre tantos outros já existentes. Este é mais cruel porque discrimina a parcela da população que alicerçou as bases para todas as pessoas que vieram depois. É o etarismo.

A comunidade brasileira está envelhecendo e a expectativa de vida, graças à ciência e ao saneamento básico, têm contribuído positivamente para estender os anos maduros e melhorar a qualidade de vida.

Ainda assim, se observa uma certa impaciência com os cabelos grisalhos onipresentes em todas as atividades cotidianas. Na fila dos bancos, nos ônibus, nas ruas, sempre se encontrarão faces marcadas pelo tempo e mãos calejadas pelo muito fazer.

Até a meia-idade mudou de patamar, dada a possibilidade de homens e mulheres ultrapassarem os 90 anos de idade produtiva. O próprio Supremo Tribunal Federal demonstra preocupação com a longevidade ao estabelecer a idade máxima de 75 anos para seus ministros.

A Previdência Social se vê num impasse, antevendo a impossibilidade de bancar aposentadorias para uma massa de faixa etária elevada crescente.

Está na hora de os poderes constituídos se debruçarem com carinho sobre essa questão e avaliar a necessidade de se criar uma cota nas empresas para pessoas acima de 65 anos e combater a todo custo a discriminação contra as pessoas maduras.

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