O incidente com Greta Thunberg na Noruega

 

No primeiro dia de março ocorreu um problema com Greta Thunberg na Noruega, como pouco antes ocorrera na Alemanha. Dessa vez ela participou do bloqueio da entrada do Ministério das Finanças e também na do Ministério do Meio Ambiente em protesto contra as torres eólicas construídas em território indígena dos Sami.

A polícia retirou os manifestantes à força.

Bastou isso e já surgiram criticas amargas contra a menina, pretendendo que em sua atitude haja contradição, pois se ela combate a energia suja, como carvão e petróleo, como é que pode combater também a energia limpa, como a dos ventos?

Infelizmente, é comum que a turma da direita ataque Greta sem verificar seu depoimento "in natura", sem examinar os fatos, com evidente má vontade para com a garota. É fato que também a esquerda já endereçou pesados ataques a ela, inclusive o Partido Comunista Chinês, fatos assim devem ser considerados. É por coisas assim que, embora eu tenha ojeriza ao pensamento esquerdista, também não me digo da direita, mas simplesmente conservador e católico (nem toda pessoa da direita é conservadora).

Eu também estranhei o protesto por instalações de energia eólica mas tratei de me informar. E fiquei sabendo que em 2021 a Suprema Corte da Noruega determinou que era ilegal a colocação das torres em território do povo original dos Sami, que equivalem aos nossos índios. E até hoje não retiraram as instalações.

Greta Thunberg e demais manifestantes estão apenas defendendo os direitos territoriais dos Sami, evidentemente prejudicados; para eles, os ambientalistas, a transição da energia suja para a energia limpa não precisa ser feita invadindo o território dos nativos Sami. O que haverá por trás disso afinal? Não são os povos originais que poluem.

As torres fazem muito barulho e, segundo as notícias, espantam as renas.

Mais uma vez, Greta Thunberg está certa. Ao ser detida para ser retirada do local da manifestação, portava uma bandeira do povo Sami ou Lapão. E ela declarou que já passaram 500 dias desde a sentença judicial e o povo Sami já esperou demais.