A supervalorização do jovem

Seja por reflexos do que fez no passado ou pelas expectativas que tem em relação ao futuro, uma minoria de jovens acaba por deprimir-se, pois vive pensando no que um dia acontecerá e nas conseqüências futuras de seus atos, esquecendo-se de viver o presente e aproveitar as oportunidades imediatas.

Na sociedade atual, é possível encontrar, especialmente nas escolas, jovens que, apesar de não sofrerem pressão por parte dos pais, fazem questão de obter uma alta valorização pelo que produzem. Essa supervalorização vai desde a comparação de notas com os demais colegas ou mesmo com os próprios resultados obtidos no passado, até a angústia da expectativa por melhores rendimentos.

O esforço desses jovens é concentrado exclusivamente na obtensão de resultados, não importando, muitas vezes, se o que foi ensinado realmente tenha sido aprendido. Essa excessiva preocupação é desnecessária, pois se reflete no medo de receber uma nota baixa, contribuindo para que ocorram erros em provas e, mesmo que inconscientemente, injustiças com pessoas alheias a tudo isso, como se esses jovens procurassem culpados ou ''bodes espiatórios'' para responsabilizar, fugindo da verdade e não admitindo que as falhas são produtos o próprio nervosismo e falta de confiança.

O jovem não tem tantas cobranças e responsabilidades como os adultos, por isso a liberdade que lhe é garantida deve ser encarada como única na vida e aproveitada. Cada um sabe quais são seus desejos, experiências e expectativas, logo as influências do passado e do futuro devem servir de base para o presente e não encaradas como único padrão de vida.

O passado é fundamental para que se compreenda como e por que o jovem age de determinado modo, enquanto o futuro guarda os objetivos, sonhos e conseqüências de todas as atitudes tomadas anteriormente, mas a vida acontece no presente e aproveitá-la passa a ser obrigação se realmente se deseja, no futuro, lembrar de algo emocionante sobre o que foi presente e um dia será passado.