Mãos à obra!!!
Ontem, minha filha narrou história vivenciada diretamente da sala de aula. Na prática, compreendeu o significado dos modos de produção (lado positivo). Como assim?!
Sua turma desenvolveu força-tarefa a viabilizar "stand" para feira de ciências (palavra da moda por sinal). Todos trabalharam com afinco na conexão teoria-prática ou prática à teoria. Conseguiram!!!
Que espaço magnífico! Ricas informações... Cada um, com seu talento, ofertou o melhor de si. Poucos dias antes, tudo pronto para o evento. Qual não foi a surpresa da turma, porém, ao presenciar desastrado colega cair por cima do "stand" em insciente brincadeira...
Insolitamente, não erigiu rubor algum na face do aluno. Apenas, pediu escusas a todos. Alegou que o acidente poderia gerar mais união dos colegas e oportunidade colaborativa. Quanto aos novos custos incorridos, todos dividiriam. No final, os benefícios superariam eventuais custos.
Sem opção, todos recomeçaram o labor. Dividiram trabalhos e gastos. Mãos à obra!!! Paradoxalmente, o causador do sinistro clamava pela ordem unida, mas não ajudava em nada. Pela lógica, o esforço maior deveria dele advir. Sim ou não?!
Que nada! Nada é, de fato, o que parece. Mesmo assim, o projeto decolou. Poucas horas antes da feira, tudo pronto novamente. O executado tanto quanto diferente do estimado, mas o prazo fora atendido.
A reserva de fundos que, com esforço hercúleo, fora poupada - em poucas horas - cabalmente consumida. Os estudantes protestaram:
- Por que o causador do dano não colaborou? Por que não ressarciu os prejuízos? Por que não participou dos esforços?
Prontamente, foram respondidos nos termos seguintes....
- Hipócritas reacionários! Desconhecem o valor do coletivo. Só conseguem pensar no individual. Nunca compreenderão o valor da igualdade e da solidariedade. Todos bloqueados!
Ninguém acreditou no que viu. De toda sorte, o incidente trouxe lição valiosa à garotada: a "união faz a força" - de certas pessoas - só funciona quando as fontes vêm dos outros. Mais: o pior dos problemas é quando o causador do problema, piamente, acredita nada ter a ver com isso.
@EngenhodeLetrasDevagareSempre