A camiseta

 

Certa vez chegou em minha residência um amigo vestindo uma camiseta com a efigie de "Che" Guevara. Perguntei se ele sabia aquela figura.

Não, ele não sabia. Apenas ouvira falar, que Guevara havia sido assassinado.

Expliquei então que Guevara tinha sido um dos líderes do governo comunista de Cuba, partidário de Fidel Castro. E que ele havia penetrado com um bando armado na Bolívia para derrubar o governo local, estabelecer uma ditadura comunista e irradiar sua revolução pela América do Sul. Afinal, a Bolívia fica no centro do continente. O Brasil também estava ameaçado.

Mas a revolução foi um fracasso, Guevara foi capturado pelos militares locais e sumariamente fuzilado. Como ele fazia com dissidentes políticos em Cuba.

Portanto Guevara não foi assassinado, foi executado. Conta-se que o oficial responsável pela patrulha que efetuou a prisão lhe perguntou: - O que aconteceria comigo se eu invadisse Cuba para derrubar o governo e fosse preso?

Meu amigo disse que não usaria mais aquela camiseta.

Guevara era na verdade um médico argentino, era marxista e, tendo conhecido Fidel e Raul Castro, uniu-se a eles na rebelião para derrubar o ditador cubano Fulgêncio Batista. Depois, muitos elementos que participaram da revolta vitoriosa foram presos e até fuzilados, porque lutaram pela democracia e não pelo comunismo.

Uma pesquisa sobre Guevara revela seu caráter cruel, e sabemos que a ditadura cubana estabeleceu campos de concentração e de trabalhos forçados, com sub-alimentação, espancamentos, torturas, toda a sorte de infâmias, até mesmo jogar fezes nos prisioneiros. Foram legiões de fuzilados e de presos sem julgamento ou em processos arbitrários. A religião católica também foi muito perseguida.

Talvez não devessem ter executado Guevara sumariamente, mesmo sendo ele um assassino, poderiam tê-lo levado a julgamento. Mas isso não o inocenta dos seus crimes contra a humanidade.

E quem quiser saber mais sobre o regime castrista recomendo a leitura de "Contra toda a esperança", de Armando Valladares, que passou 22 anos preso nas infames masmorras da Ilha de Pinos, pelo crime de se recusar a colar um adesivo de Castro na mesa de trabalho.